Não se pretende fazer aqui crítica literária. Sou um cidadão do mundo que sente amor natural pelos livros. Na minha casa as paredes estão cobertas pelos livros. E falo com eles ou melhor eles falam comigo como se fossemos grandes amigos. Revelam-me os seus segredos e os conhecimentos dos seus autores ou contam-me histórias onde se inscrevem valores humanitários universais.

São ensaios, romances, contos e narrativas, peças de teatro, clássicos e modernos, mas também sobre o ambiente ou tecnologias úteis no nosso dia-a-dia. São obras que fazem parte da minha paixão pelos livros e que humildemente indicamos como sinal e guia para quem deseje conhecer conteúdos que julgamos dignos e fiáveis.

E porque desejo transmitir uma análise que embora pessoal seja minimamente correcta nem sempre consigo manter a actualidade que seria normal se a falta de tempo por abraçar outras actividades não o impedisse. Mas aqui estarei sempre que possa.

Gil Montalverne


A CONDIÇÃO HUMANA
Dom Quixote

Este livro foi publicado na sequência de um Ciclo de Conferências promovido pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. Nele estão incluídas as cerca de quatro dezenas de intervenções feitas pelos mais conceituados especialistas em matérias relacionadas com a Condição Humana: Ética, Saúde e Interesse Público. Debatem-se problemas que são extraordinariamente actuais como é o caso da Biotecnologia, engenharia genética e clonagem humana, o aborto, a eutanásia, a terapia da dor, a identidade ameaçada com o transplante de órgãos, com intervenções paralelas e ou contraditórias. Nomes da nossa classe médica e científica como João Lobo Antunes, Daniel Sampaio, Carlos Caldas, Clara Pinto Correia ou Coimbra de Matos detiveram-se com os seus colegas de além fronteiras a analisar questões que preocupam o vulgar cidadão, a avaliar pelo interesse despertado por tais matérias na nossa comunicação social. Foram muito os casos ou mesmo quase todos os que optaram por colocar questões e não apresentar soluções que agradassem à maioria de todos nós. Mas se na leitura desta colectânea o leitor encontrar o caminho para definir a sua opinião sobre meia dúzia de matérias já é o suficiente para lhe recomendarmos este título no Amor pelos Livros. É fácil contestar determinados actos médicos, por exemplo, mas é conveniente conhecer as implicações que daí podem advir para muitas pessoas que têm o direito de pensar de maneira diferente da nossa. A liberdade é um direito sagrado a que todos têm direito. E por isso ou para isso este livro aqui está. Não se impressiona pelas suas 700 páginas. Escolha o que entender e de certo se entusiasma por algo em que não tinha pensado. As diferentes áreas do saber podem estar ao nosso alcance e os livros ainda são o grande remédio.

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