Não se pretende fazer aqui crítica literária. Sou um cidadão do mundo que sente amor natural pelos livros. Na minha casa as paredes estão cobertas pelos livros. E falo com eles ou melhor eles falam comigo como se fossemos grandes amigos. Revelam-me os seus segredos e os conhecimentos dos seus autores ou contam-me histórias onde se inscrevem valores humanitários universais.

São ensaios, romances, contos e narrativas, peças de teatro, clássicos e modernos, mas também sobre o ambiente ou tecnologias úteis no nosso dia-a-dia. São obras que fazem parte da minha paixão pelos livros e que humildemente indicamos como sinal e guia para quem deseje conhecer conteúdos que julgamos dignos e fiáveis.

E porque desejo transmitir uma análise que embora pessoal seja minimamente correcta nem sempre consigo manter a actualidade que seria normal se a falta de tempo por abraçar outras actividades não o impedisse. Mas aqui estarei sempre que possa.

Gil Montalverne


Conspiração OCTOPUS
Daniel Estulin
Ed. A Esfera dos Livros

Daniel Estulin tornou-se mundialmente conhecido com os livros em que descreveu tudo o que até aí tinha sido silenciado sobre as célebres reuniões dos membros do Clube Bilderberg. Neste mesmo espaço poderão rever as notas que então escrevi sobre essas obras. 3 milhões de obras vendidas em 75 países dão uma ideia do interesse despertado no público que ficou a saber como eram montados os cordelinhos da política – estava tentado a dizer “dos politiqueiros” – no mundo em que vivemos e sofremos. Quem são, como agem, quem os informa, enfim, tudo isso Estulin conseguiu investigar. E o certo é que desde então pouco se tem ouvido falar de tais reuniões. Desta vez, o consagrado jornalista e escritor, resolveu trazer-nos o seu primeiro romance no género Thriller . E nada de mais actual do que na grave crise económica que o mundo atravessa, descrever mais uma vez como uma poderosa organização secreta que dá pelo nome de Octopos, ou seja o Polvo, tenta reunir os códigos de contas dos grandes especuladores bancários, das enormes contas que uns tantos corruptos reuniram à custa do trabalho dos que mais sofrem. E embora as intenções de tal seita também não esteja imbuída dos mais elementares escrúpulos humanistas, o que o autor, com a sua enorme experiência de investigador, nos vai descrevendo são novamente os meandros de um mundo obscuro onde prevalecem os falsos valores que dominam a actualidade. O que poderia ser um simples thriller está baseado em informações seguras que ele conseguiu sempre obter. A crise mundial em que vivemos só poderia ser salva por um homem que no livro acaba por ser assassinado. Claro que nos fica a pergunta de como seria isso possível. Sonho imaginado de alguém que não é suposto poder existir e que conseguisse dominar todos os recantos onde se esconde todo o tipo de especulação que oprime os mais fracos e desprotegidos, não seria assim que o problema mundial se resolveria. Mas o livro vale pela descrição que novamente o autor consegue trazer-nos, agora sob a forma romanceada que pode e deve ser lida de modo diferente dos seus livros anteriores, do que se está passando à nossa volta. Digamos que é um outro modo de nos informar sobre aquilo que se passa. E talvez seja também um modo de nos ajudar a melhor pensar e reagir sobre a forma como sair deste fosso em que alguns, poucos, lançaram o resto da humanidade. Os resultados estão todos os dias nas notícias difundidas pelos órgãos da comunicação social sobre a situação nos mais diversos países, mesmo aqueles que até há pouco tempo julgávamos livres e ilesos do alcance de uma crise que tal como dizia alguém que muito admiramos, escritor insigne, muitas vezes aqui lembrado: “A crise actual não é uma crise económica. É uma crise de valores.

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