Não se pretende fazer aqui crítica literária. Sou um cidadão do mundo que sente amor natural pelos livros. Na minha casa as paredes estão cobertas pelos livros. E falo com eles ou melhor eles falam comigo como se fossemos grandes amigos. Revelam-me os seus segredos e os conhecimentos dos seus autores ou contam-me histórias onde se inscrevem valores humanitários universais.

São ensaios, romances, contos e narrativas, peças de teatro, clássicos e modernos, mas também sobre o ambiente ou tecnologias úteis no nosso dia-a-dia. São obras que fazem parte da minha paixão pelos livros e que humildemente indicamos como sinal e guia para quem deseje conhecer conteúdos que julgamos dignos e fiáveis.

E porque desejo transmitir uma análise que embora pessoal seja minimamente correcta nem sempre consigo manter a actualidade que seria normal se a falta de tempo por abraçar outras actividades não o impedisse. Mas aqui estarei sempre que possa.

Gil Montalverne


RATINGS
50 Perguntas e Respostas

Eduardo Ferreira
Centro Atlântico

A vinda a público de notícias sobre a crise económica mundial e mais particularmente sobre as que afectam de modo individual os diversos países como é o caso de Portugal, fez aparecer com frequência através da Comunicação Social e nas diversas intervenções de membros do governo ou de representantes dos partidos o termo rating e indicações dadas por agências de rating. A situação do país era assim fornecida de um modo absolutamente novo para grande parte das pessoas. Não era o governo que o dizia. Ele também se baseava em tais números ou datas ou então negava que fossem verdadeiros e reais. O mesmo acontecia com as opiniões dos diversos comentadores. Alguns espíritos mais esclarecidos recordavam-se de ter ouvido o termo aplicado por exemplo a audiências televisivas ou limites para certas actividades ligadas ao consumo. Em traços largos sabiam que rating é a avaliação de alguma coisa em termos de qualidade, como por exemplo o lugar ocupado por um certo filme no universo dos que estão a ser exibidos num determinado período de tempo. Mas que isso ditasse as previsões para o crescimento ou diminuição de uma crise económica era de facto algo de novo. Qual a razão de todo o sistema financeiro mundial estar relacionado com os ratings indicados por agências especializadas. Mas para não darem sinal da sua ignorância, poucos se interrogavam sobre o seu real significado ou porque apareceram de repente. E afinal, o necessário era que alguém nos explicasse o que eram ou são de facto os famosos ratings, quem os avalia e como e porquê aparecem. Foi razão suficiente para chamarmos aqui a vossa atenção para este livro da Centro Atlântico onde Eduardo Ferreira, licenciado em Gestão e Administração Pública pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, com presença de jornalista em vários orgãos da Comunicação Social e de analista em organismos de gestão responde de forma sucinta e muito explícita a uma série de perguntas que afinal andamos muito a fazer nos últimos tempos: São 50 perguntas e as respectivas 50 respostas que nos são apresentadas, desde a simples explicação do que é um rating e quais as principais agências de rating até, entre outros pormenores, às metodologias aplicadas para classificações que terão – ou já estão a ter – um impacto significativo na vida de milhões de pessoas. Claro que podemos ter já a noção de que um rating é algo que uma entidade, organismo ou estado que se encontram numa posição de credores encomendam a uma agência especializada – ficamos a saber que são 3 as mais conceituadas – a fim de conhecer a situação financeira do seus devedores. Mas até que ponto é que isso pode ser fiel ou falível e influenciar a governação dos visados? Porque é que há quem defenda que o seu uso devia ser fortemente restringido e porque é que a Grécia foi forçada a assinar um acordo com o FMI e Portugal pode ser o alvo seguinte dos especuladores? Qual é afinal o valor da dívida portuguesa e qual será a evolução das suas taxas de juro? E depois de muitas mais perguntas e respostas, será que as agências de rating têm alguma utilidade ou poderíamos viver num mundo sem elas? Vamos conhecer alguns dos seus erros e de quem consegue afinal tirar vantagens dos valores ditados pelas agências. Será que é necessário dizer mais alguma coisa para ficarmos suficientemente esclarecidos? Claro que sim. Basta que aceitem o nosso convite para ler este livro sobre um tema mais do que actual e de que depende muito ou mesmo a quase totalidade do nosso futuro: Ratings – 50 Perguntas e 50 Respostas.

Para ler um excerto desta obra clique aqui.